quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ciganos - O trauma histórico parte III

(continuação de Ciganos - O trauma histórico parte II    )
Normalmente vistos como possuidores de poderes psíquicos por causa do estereótipo do "cigano que prevê o futuro", os Roms vivem hoje espalhados pelo mundo. Em Portugal, segundo a Pastoral dos Ciganos, existem 40 mil pessoas de etnia cigana. Um número contrariado por Victor Marques, presidente da União Romani Portuguesa (URP), que assegura que o número de ciganos no país ultrapassa os 80 mil.
Os recentes episódios de violência no Bairro da Quinta da Fonte, em Loures, entre indivíduos das comunidades cigana e africana, revelaram algo negado por muitas pessoas não-ciganas: ainda persistem vários preconceitos e estereótipos para com esta comunidade.
Uma tendência confirmada pelo Relatório da Comissão Europeia (CE), divulgado a 2 de Julho, sobre a exclusão social da etnia cigana. De acordo com o documento, existem "milhões de europeus ciganos alvo de discriminações a nível individual e institucional com vastas repercussões".
"Atitudes que os ciganos têm são consequência do que lhes foi feito no passado"
Os estereótipos negativos que se criam em torno dos ciganos são, segundo André Correia, "consequência daquilo que lhes foi feito no passado". "Aquilo que se passa nos dias de hoje precisa de um enquadramento, a maioria das pessoas não sabe o que se passou nestes 500 anos de relacionamento entre nós e os ciganos", disse .
O presidente da URP critica o Estado português que "insiste em desconhecer que, historicamente é responsável pela produção de uma parte significativa da pobreza e da marginalidade desta minoria de portuguesa" ao ter permitido acções como o de extermínio, durante o tempo da Monarquia em Portugal.
retirado de jpn - Jornalismo Porto net.

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