Saindo da Índia, e iniciando a 1ª Grande Diáspora, os ciganos seguiram várias rotas, uma das rotas pelas quais chegaram à Europa, baseado em evidencias linguísticas, apresenta-se do seguinte modo:
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1416 –> Roménia,Boémia (Rp. CHECA) e Lindau (ALEMANHA).
1418-19 –> já andavam pela Suíça; entrada em França e Provença.
1420 –> chegam a Bruxelas, Flandres, e Norte de França.
1421 –> Bruges e Arrás; Bolonha.
1425 –> Saragoça (ESPANHA).
1427 –> Roma.
NOTA: em 1427, produziu-se uma das chegadas de ciganos melhor documentadas, conservada na obra «Temoignage d'un bourgeois de Paris». Em 12 de Agosto desse ano chegaram à Paris, onde causaram grande fascinação pelo seu aspecto miserável e estranho, e o povo acudiu em massa para vê-los adivinhar o futuro. Viviam da magia e dos pequenos roubos, até que o bispo expulsou-os em Setembro desse mesmo ano e partiram em direcção a Pontoise. Segundo Helena Sánchez Ortega essa crónica resume o quadro de tipificação negativa dos ciganos que se manterá até os nossos dias
1430 – Já estão em toda a França
1435 – Chegam a Santiago de Compostela
1462 – Encontram-se Jaén
1471 – São expulsos da suíça
1493- chegam a Madrid Madrid.
NOTA: Não se sabe bem quando chegaram a Portugal, contudo já eram mencionados em obras de 1510 e 1521.
Tendo acabado por ser deportados para o Brasil no ano de 1680.
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Por onde passavam os ciganos eram na maioria das vezes bem recebidos inicialmente, o que é comprovado pelos salvo-condutos dados por nobres para facilitar a passagem do povo cigano. Também, baseados nesses salvo-condutos pode-se retirar o seguinte:
•O número de ciganos que entraram ou habitaram na Península no século XV é calculado próximo a 30 mil pessoas.
•Os ciganos viajavam em grupos variados, de 80 a 150 pessoas, lideradas por um homem.
•Cada grupo autónomo mantinha relações à distância com algum dos outros, existindo talvez relações de parentesco entre eles (algo comum nos nossos dias entre os ciganos ibéricos).
•A separação entre cada grupo era variada e em ocasiões uns seguiam aos outros à curta distância e pelas mesmas rotas.
•A estratégia de sobrevivência mais comum era a de apresentar-se como peregrinos cristãos para buscar a protecção de um nobre.
•A forma de vida era nómada, e se dedicavam à adivinhação e ao espectáculo.
Apesar dessa boa recepção, contudo, [a chegada destes grupos nómadas, com uma língua incompreensível, que se diziam cristãos mas que apresentavam práticas misteriosas e profundamente pagãs e estranhas como, por exemplo, adivinhar o futuro, acampar e vestir roupas diferentes, não podiam deixar de causar o pasmo das populações fortemente marcadas pelo espírito medieval da época. Por esta razão, desde logo começaram a tomar forma as leis especificamente relativas a ciganos, levando a quatrocentos e trinta e um anos de perseguição legislativa e, consequentemente, policial, o que é bem demonstrativo da segregação e mesmo do racismo a que estiveram sujeitos e cujos efeitos se fazem sentir ainda hoje.]
*baseado no artigo em wikipedia.
*baseado no artigo em wikipedia.
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